O diretor-presidente do Instituto Centec, Acrísio Sena, e o coordenador da Cozinha Solidária do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Sérgio Farias, reuniram-se nesta sexta-feira para discutir os eixos e cursos que vão compor as trilhas formativas da Universidade da Periferia.
A iniciativa será criada no bairro Jangurussu a partir da parceria entre as duas entidades, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará e o Instituto Mutirão. Segundo Farias, junto com a Cozinha Solidária, a Universidade da Periferia tem o objetivo de levar dignidade para as pessoas da comunidade.
“Nós queremos criar cursos aproveitando o simples e fazendo com que o saber acadêmico chegue na periferia. Estamos criando os planos de aula e prevendo a realização de seis cursos nas áreas de Imagem, Comunicação Popular, Culinária e Cultura. Esse debate acontece com os profissionais da comunidade. Nós queremos dar um sonho para essas pessoas”, explica Sérgio Farias.
Para Acrísio Sena, a Universidade da Periferia rompe com o modelo tradicional de acesso à educação e tem potencial de se tornar um modelo a ser replicado. “É um projeto arrojado, do encontro dos saberes técnicos e científicos com o saber popular dos profissionais autodidatas da comunidade. Para isso, estamos pensando os itinerários formativos aproveitando o conhecimento dessas pessoas.”
A Universidade da Periferia já conta com recursos oriundos de emendas parlamentares destinadas pelo senador Cid Gomes (PDT-CE) e pela deputada federal Luizianne Lins (PT-CE). Inicialmente, os cursos deverão acontecer no espaço da Zona Viva, uma ilha digital localizada no bairro e gerida pelo MTST.
Estiveram presentes no encontro o diretor de Extensão Tecnológica e Inovação do Centec, Cleyton Monte, e o assessor técnico Benevaldo Vieira.