O Ceará registrou, na última semana, um novo caso de raiva humana em uma mulher de 58 anos. Segundo a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), a paciente foi mordida por um sagui, popularmente conhecido como “soim”. Esse é o sétimo caso da doença registrado no estado nos últimos 17 anos.
Diante do ocorrido, a médica veterinária do Instituto Centec, Maiara Pereira, reforça que a raiva é uma doença grave, podendo ser transmitida tanto por animais domésticos quanto por espécies silvestres.
“Animais domésticos, como cães e gatos, podem ser transmissores da raiva. Então, se você tiver contato com um animal suspeito ou for atacado, é importante procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima, onde há um protocolo pós-exposição para casos específicos”, explica.
Além de cães e gatos, animais silvestres e exóticos também podem transmitir a raiva. “Morcegos, saguis, raposas e outros animais silvestres são os principais transmissores da doença. Caso você veja um animal com comportamento alterado ou seja atacado por ele, é essencial contatar as autoridades sanitárias para que realizem a manipulação adequada do animal e tomem todas as providências necessárias”, orienta Maiara Pereira.
A veterinária também destaca a necessidade da vacinação anual dos animais domésticos. “Todos esses animais precisam ser vacinados anualmente. A vacina é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e cabe aos tutores levá-los para tomar a dose regularmente”, pontua.
O Centec atua em parceria com a Secretaria de Proteção Animal (Sepa) para ampliar as ações de prevenção de doenças e promoção do bem-estar animal. Essa colaboração envolve a realização de campanhas de vacinação gratuita para animais domésticos e o monitoramento de focos da doença em diferentes regiões do Ceará.