A professora doutora Willma José de Santana, da Faculdade de Tecnologia Centec (Fatec) Cariri, é categórica ao afirmar que Saneamento Ambiental é uma área promissora e um dos cursos do futuro. E os fatos atuais são mais do que suficientes para justificar essa afirmação.
Diante das diferentes demandas que exigem que as atividades humanas sejam mais sustentáveis e com maior atenção à saúde e ao bem-estar das pessoas, ela avalia que profissionais formados na área serão cada vez mais necessários. O Curso Superior de Tecnologia em Saneamento Ambiental é uma das formações ofertadas pela Fatec Cariri no vestibular 2024.1, que está com inscrições abertas até 30 de novembro.
“A falta de saneamento impacta mais de 130 milhões de brasileiros. Mais de 35 milhões vivem sem água tratada e cerca de 100 milhões não têm acesso à coleta de esgoto. Esses fatores propiciam doenças infecto-contagiosas, trazendo a evidência de microorganismos, como bactérias e fungos. Todavia, temos também os vírus que podem trazer várias consequências à saúde do homem. Sem dúvidas, a propagação de doenças é um dos impactos mais relevantes da falta de saneamento básico”, exemplifica a professora.
Segundo ela, essa situação está sendo enfrentada pelos estados com mais atenção a partir da sanção do Novo Marco Legal do Saneamento, que prevê que o Brasil deve ter pelo menos 99% da população geral do país com água tratada e 90% com coleta e tratamento de esgoto até 2033.
Nesse sentido, conforme a professora, o tecnólogo em Saneamento Ambiental atua nas mais diversas áreas, estando habilitado para executar atividades nas seguintes modalidades: resíduos sólidos, drenagem urbana das águas pluviais, saneamento ambiental, tratamento e distribuição de água potável, epidemiologia, coleta e tratamento de esgotos, saúde e meio ambiente, impactos ambientais, legislação ambiental, ecologia e análise microbiológica e físico-química da água e do solo.
“O curso de Saneamento Ambiental é um dos cursos do futuro. Além do saneamento básico, o profissional trabalha, por exemplo, os resíduos sólidos, a qualidade da água e o reuso de água, que será uma alternativa para um futuro bem próximo. Portanto, o mundo vai precisar cada vez mais desse profissional e de suas habilidades e competências”, afirma Willma.
Profissional
Ex-aluno do Instituto Centec, o tecnólogo em Saneamento Ambiental Alan Delamaykon da Silva Lima percorreu vários desses caminhos profissionais. Iniciou a carreira como técnico em saneamento na Sociedade Anônima de Água e Esgoto do Município do Crato (Saaec), desenvolvendo ações de controle e monitoramento da qualidade de água do município. Depois atuou na vigilância sanitária do Crato como tecnólogo em saneamento ambiental, sendo responsável por campanhas de educação ambiental e epidemiológica e por vistorias e pareceres de alvará sanitário. Atualmente, é assistente técnico do Sistema Integrado de Saneamento Rural (Sisar BSA), onde acompanha e fiscaliza as variantes ambientais referentes à saúde humana no setor de qualidade de água, com ênfase no controle e monitoramento dos mananciais superficiais e subterrâneos da Bacia Hidrográfica do Salgado
Ele, que é também técnico em meio ambiente e especialista em engenharia sanitária e ambiental, avalia os impactos do trabalho do tecnólogo em Saneamento Ambiental para o contexto atual.
“Eu constato que o saneamento ambiental tem grande contribuição para as questões ambientais. Dentro da minha profissão, posso viabilizar e dar a importância adequada para o tratamento da água, levando água potável para a comunidade de maneira geral, como também a coleta, o tratamento e a destinação final dos esgotos e também de resíduos sólidos. Julgo que esses serviços são de fundamental importância no que tange a qualidade de vida das pessoas e a sustentabilidade ambiental. São pilares que, se trabalhados de forma eficaz, proporcionam um ganho de saúde pública coletiva.”