Diante de uma folha de papel kraft, Anisia Ribeiro usa lápis e esquadro para aprender a criar moldes para uma peça de roupa. Ela é aluna do curso de Costureiro que o Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec) oferta por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece).
A dona de casa conta que a oportunidade não poderia ser mais perfeita: o curso é realizado próximo à casa dela. É que as aulas acontecem no espaço da Associação Vivências, localizada no bairro Padre Andrade, em Fortaleza, graças a uma iniciativa do Centec de descentralizar as atividades do Centro Vocacional Tecnológico (CVT) Fortaleza.
“Eu soube sobre o curso durante um aviso na igreja que frequento. Eu estava parada e o curso de Costureiro tem sido um mundo novo pra mim, uma oportunidade de crescimento e de aumentar minha renda. Fui muito bem acolhida aqui e estou maravilhada. E o mais importante é ser perto da minha casa”, relata.
O espaço da Associação também recebe a turma de Informática para o Mundo do Trabalho. Atualmente desempregada, a estudante Glauciene Ribeiro enxerga na nova formação uma maneira de ter mais experiência para poder voltar ao mercado de trabalho. “Poder fazer esse curso perto de casa é uma facilidade para mim. Como estou desempregada, não teria como ir se precisasse ir de ônibus.”
O assessor técnico do Instituto Centec, Benevaldo Vieira, explica que a ação de levar os cursos gratuitos da Rede CVT para as comunidades de Fortaleza visa ampliar ainda mais as oportunidades de qualificação profissional. “Considerando que nosso público-alvo principal são as pessoas em situação de vulnerabilidade, levar os cursos para as comunidades tem o objetivo de atendê-las com muito mais eficácia.”
Para a coordenadora da Associação Vivências, Francilene Lima, a parceria com o Centec é um elo a mais na atuação da entidade. “Na associação, nós trabalhamos o desenvolvimento humano em diferentes frentes. Os cursos realizados aqui pelo Centec vêm reforçar esse trabalho e têm sido fundamentais para dar dignidade às pessoas, para fazê-las acreditar que podem chegar aonde quiserem.”