Estudantes das escolas municipais de Quixeré, a cerca de 200 quilômetros de Fortaleza, aproveitaram as aulas de Robótica realizadas no laboratório do Centro Vocacional Tecnológico (CVT) para desenvolver uma solução com foco na segurança e bem-estar de pessoas cegas e surdas.
Utilizando Arduino, uma plataforma de hardware e software de código aberto, eles criaram o projeto BAT, um dispositivo que pode ser integrado a um colete que emite sons e vibrações cada vez que chega próximo de obstáculos e anteparos.
“O projeto consiste em um sensor ultrassônico que transforma ondas sonoras em áudio para detectar obstáculos. O sensor é integrado com motores que fazem o dispositivo vibrar, de forma a ter utilidade para pessoas cegas e surdas, evitando que eles batam em obstáculos ou caiam devido a depressões ou relevos”, explica Natan Santiago, um dos alunos responsáveis pelo desenvolvimento do protótipo.
O Projeto Robótica é realizado pela Secretaria de Educação municipal em parceria com o CVT Quixeré, uma das unidades mantidas pelo Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec) que promove cursos de qualificação e outras atividades de educação profissional.
O nome do projeto vem da tradução de “morcego” para o inglês, pois o animal realiza seus voos a partir da captação das ondas sonoras. “Promover o ensino da Robótica entre os jovens é uma forma de colocá-los na trilha da inovação com foco em atender as principais demandas dos novos mercados. O desenvolvimento de tecnologias assistivas, como vemos no projeto BAT, é de grande relevância para a sociedade e para o avanço da tecnologia no nosso cotidiano”, ressaltou o diretor-presidente do Centec, Acrísio Sena.
Junto ao diretor de Extensão Tecnológica e Inovação, Cleyton Monte, Acrísio Sena visitou o prédio do CVT nesta quinta-feira para conhecer as ações desenvolvidas no local e as principais demandas. Além dos cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC), o CVT Quixeré possui ações de educação ambiental, como horta e trilha ecológica.
Ainda neste ano, a unidade deverá reativar o laboratório de panificação para ofertar cursos na área, além de aperfeiçoar o curso de Mecânica de Motocicletas. A partir de parcerias, a coordenação do CVT adquiriu modelos com injeção eletrônica para serem usados nas aulas práticas.